Avanços notáveis<br>em Cascais
No concelho de Cascais, o ano de 2016 está a ser marcado por um impetuoso reforço da organização partidária. Entre as múltiplas vertentes em que ele é já notório, destaca-se o alargamento da difusão do Avante! muito para além dos 20 por cento que constituem o valor de referência médio definido como objectivo da campanha nacional de divulgação actualmente em curso: em Cascais este aumento ultrapassa já os 30 por cento.
Para a responsável pela organização concelhia, Sofia Grilo, este «salto» deve-se em primeiro lugar à compreensão generalizada existente entre os quadros do Partido em Cascais quanto à importância do Avante! e de O Militante para a actividade partidária e para o reforço da sua organização e intervenção. O Avante! é não só um instrumento insubstituível para travar a batalha ideológica, mas igualmente um «elemento organizador» de todo o Partido, garante a responsável, que integra o Executivo da Direcção da Organização Regional de Lisboa do PCP.
No essencial, as medidas visando o aumento da difusão da imprensa do Partido ficaram traçadas no Plano de Actividades para 2016, aprovado no final do ano passado. Mas foi sobretudo a partir do encontro regional de quadros da Organização Regional de Lisboa sobre o Avante!, realizado a 13 de Fevereiro deste ano, que ocorreram os avanços mais notáveis. Esta reunião, em que participaram o Secretário-geral do Partido e o director do Avante!, contou com uma considerável presença de quadros da organização concelhia de Cascais, que dela saíram ainda mais determinados em levar por diante esta tarefa decisiva.
Vários métodos, um objectivo
O aumento da difusão do Avante! em Cascais não se fez de forma semelhante em todas as organizações, muito embora resultem de um mesmo esforço colectivo visando esse objectivo. As diferenças entre as freguesias e a natureza dos quadros envolvidos ditaram variações entre organizações.
Na freguesia de Cascais, onde o número de jornais vendidos duplicou em menos de um ano, a «proeza» assentou na persistência do responsável pela imprensa na Comissão de Freguesia, Guilherme Antunes, que contactou individualmente com cada um dos militantes inscritos na freguesia no sentido de passarem a adquirir o Avante!. A maioria fá-lo no Centro de Trabalho do Partido, ao passo que outros recebem-no em casa das mãos do próprio responsável.
A presença constante de militantes comunistas nas ruas do centro da Parede a vender o Avante! e a afirmar as propostas do Partido explica em grande medida o crescimento da difusão da imprensa verificado naquela freguesia, garante o responsável, José Medinas. Partindo de uma situação em que os principais quadros partidários já adquiriam o Avante!, a viragem para a rua foi a forma encontrada para alargar a venda do jornal, realça, acrescentando que as acções de venda pública garantem não só o aumento da difusão da imprensa partidária como dão «grande visibilidade ao Partido».
Maria do Carmo Coelho assume a distribuição do Avante! na freguesia de São Domingos de Rana e realça o aumento verificado nos últimos anos: «antes vinham menos avantes! e sobravam alguns, hoje pedimos muitos mais e às vezes não são suficientes.» Dos jornais que chegam ao Centro de Trabalho, há os que se destinam a leitores de localidades mais distantes da freguesia, que são depois distribuídos por militantes locais. Maria do Carmo Coelho sublinha ainda a importância do almoço mensal dos reformados, no Centro de Trabalho de Tires (nos quais se vende muitos jornais) e do Avante! que é deixado no bar para ser lido pelos militantes e amigos que por ali passam.
Lembrando a organização de freguesia de Carcavelos – das que mais jornais distribuiu semanalmente –, Sofia Grilo valoriza ainda o facto de a imprensa chegar hoje directamente a todas as freguesias onde o Partido tem organização. No Estoril e em Alcabideche, as que mais recentemente passaram a assumir por si próprias esta distribuição, o número de jornais vendidos disparou.
Apesar dos avanços, os comunistas de Cascais não estão descansados e querem que o Avante! cresça ainda mais no concelho. As potencialidades existem, garantem, e é só preciso que a organização consiga sustentar novos saltos para que estes se concretizem.